O amor vence o ódio

Vivemos em tempos difíceis. São tempos em que o ódio está solto nas ruas. As pessoas não têm vergonha de falar as coisas mais horríveis na internet. Não têm medo de agredir e até matar quem pensa diferente. Políticos homenageiam torturadores, ameaçam prender ou expulsar pessoas e nada acontece. Parentes, pessoas queridas, que não queremos acreditar que são pessoas horríveis, permanecem indiferentes e viram o rosto diante de nosso medo.

As pessoas estão com medo. Alguns zombam dizendo que agimos como se a violência não existisse antes, porém falta empatia para entender que, sim, crimes de ódio já ocorriam (e já lutávamos contra eles), porém agora eles têm motivação política, os criminosos bradam o nome de seu herói, um político que, ao incitar a violência e dizer que não controla seus eleitores, legitima os crimes que estão acontecendo.

São tempos difíceis. Tememos por nós. A falta dos que se foram dói. E é nesses tempos que mais precisamos de união. Precisamos ficar juntas e juntos. É por nossa segurança, física e mental. Fiquemos perto das pessoas que nos querem bem, cuidemo-nos. Perguntem às pessoas que você conhece se elas estão bem, se precisam de ajuda, se querem desabafar. Encontrem-se para tomar um suco, um café, umas cervejas. Vão juntas/os em atos e mobilizações, pois ver pessoas juntas lutando pelo que acreditam traz esperança, de que tanto precisamos. E acreditem que o amor vencerá o ódio. Aquilo que destruírem, reconstruiremos. Haja o que houver, nos dias mais escuros, precisamos acreditar nisso. Lutemos com amor, pois o amor vence o ódio.

Marielle presente. Anderson Gomes presente. Mestre Moa presente. Laysa presente.


#musicmonday 79: The Greatest Show

Oiê! Vocês gostam de musicais? Eu adoro! (mas confesso que não vi muitos)

Recentemente vi The Greatest Showman, O Rei do Show em português, lançado em 2017, que é simplesmente maravilhoso. Todas as músicas são empolgantes, os personagens são cativantes e o roteiro, baseado em uma biografia real, não desaponta. (embora ler o artigo da wikipedia me faça ver um lado que o filme não mostra, comos os maus tratos aos animais – clássico circo – e aí eu começo a problematizar a romantização que é o filme) (aliás, um livro muito legal é “o palhaço está em greve“, é um livro infantil que retrata a exploração dos artistas circenses)

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#musicmonday 78: Insight – Jaloo

Oiê! Vocês conhecem o Jaloo? Fui apresentada às músicas dele faz um tempinho e me apaixonei ♥

Insight é a minha preferida. A letra é legal, o clipe é fofinho, super colorido e feliz, dá muita vontade de abraçá-lo. Gosto particularmente do sotaque dele – ele é do Pará – e do visual multifacetado, que dá pra ver bem nesse clipe. Também fiquei surpresa ao descobrir que ele é mais velho que eu! Parece que nós dois escondemos bem a idade. xD

Por hoje é só. Até a próxima! (quem sabe esta semana ainda?)


Site MMPB: Música machista popular brasileira

Oi! Hoje queria compartilhar um site que acho ótimo: o MMPB – Música machista popular brasileira. É um projeto para identificar o machisto oculto (às vezes nem tão oculto assim) na música brasileira. Engana-se quem pensa que só vai ter funk. Tem de tudo: sertanejo, bossa nova, rock… Músicas cantadas por homens e também por mulheres.

Eu gosto particularmente do site porque ele é muito didático: além de expor o machismo, explica o problema e coloca links relacionados ao tema. Também tem de tudo: letras que comparam mulheres (tem a mulher pra casar e as outras), letras que exaltam o padrão Amelia da mulher serviçal, letras que sugerem se aproveitar (abusar) de mulheres embriagadas, letras de ciúme e possessividade, letras que assustam (com ameaça mesmo) (aliás, vocês já viram a letra da Maria Chiquinha, que Sandy & Jr cantavam quando eram crianças?), letras erotizando menores de idade (quem da minha geração não cresceu escutando aquela da roda gigante dos Raimundos?)… a lista é longa.

Você pode entrar e contato e enviar uma música!

Até a próxima!


A suspensão do curso de licenciatura em Música na UNAERP

Olá. Este triste post é escrito com informações da querida Thais Padovani, formada na licenciatura em Música na UNAERP e atualmente fazendo bacharelado em canto na Unicamp. (que entrou em contato pra dizer que acompanhava meu blog, o que é sempre uma felicidade! ♥)

De acordo com a coordenação, o curso não foi extinto, está suspenso por causa da baixa procura pela licenciatura – o que é estranho, pois nos comentários do post da Thaís uma moça, a Cintia, diz que várias pessoas tentaram a bolsa do ProUni e não foram convocadas, então teve procura, sim. Talvez não grande o bastante para dar lucro? Esse é o problema de comercializar a educação…

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O bizarro caso do rapaz que pegava vídeos de pessoas tocando e dizia que era ele

Nos últimos dias o assunto do twitter tem sido plágio, pois vários casos foram descobertos e denunciados. (que coisa feia, hein?) Vou falar aqui sobre um caso relacionado a música, que foi o que mais achei bizarro. Roubar texto, roubar desenho, isso tudo a gente já viu acontecer bastante. Mas roubar vídeo de piano?!???!???!


screenshot retirada do vídeo do Eric

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Mini-curso gratuito: Educação musical, gênero e sexualidade

Olá! É com muita alegria que divulgo que na próxima quarta-feira, dia 25/04, eu e o querido amigo Hugo Romano Mariano ministraremos no XI Encontro de Educação Musical da Unicamp o mini-curso Educação musical, gênero e sexualidade.

Ele acontecerá das 19 às 21hs na sala 22 do Instituto de Artes. Será gratuito e aberto ao público, é só chegar! Caso queira participar das demais atividades do encontro, você pode consultar a programação aqui e realizar a sua inscrição no próprio evento. As inscrições virtuais terminam amanhã, dia 23/04.

Segue a sinopse do nosso mini-curso:

O mini-curso tem o objetivo de apresentar uma análise e descrição interdisciplinar dos conceitos de gênero e sexualidade amalgamados à educação musical a partir das perspectivas pós-estruturalista, da sociologia da música e dos estudos queer. Tal proposta traz uma reflexão sobre as três atividades principais na música – compor, ouvir e tocar – que, por sua vez, são entremeadas pelo estudo da história da música e pela aquisição de habilidades onde as poéticas musicais e práticas sociais estão envolvidas por uma reflexão sobre educação musical diante da diversidade.

Nesta perspectiva serão explicitados dados de pesquisa que mostra como educação musical, em contexto de educação formal, é elemento importante da construção das identidades de gêneros dos sujeitos. Será feita uma reflexão sobre como as crianças pequenas, em seus processos de apropriação da música, constroem os significados inerentes e delineado avaliados a partir da categoria de gênero, sob o prisma da noção de dominação masculina.

Após a exposição teórica, será proposta uma reflexão ativa sobre como as questões de gênero e sexualidade se fazem presentes no cotidiano escolar, dentro e fora da sala de aula. Faz sentido pensar nessas questões na aula de música? Como a/o docente pode atuar na tentativa de desconstruir estereótipos de gênero e preconceitos? Qual a importância do repertório de atividades para auxiliar nesse trabalho? Esta etapa da oficina será feita a partir de uma troca de experiências, vivências e questionamentos.

Na verdade nós pretendemos fazer menos exposição e mais diálogo, então vai ser muito participativo. Vem, gente!

Fico particularmente feliz por estar neste mini-curso com o Hugo porque, como sempre gosto de lembrar, foi ele que me fez começar a refletir sobre questões de gênero na prática educativa, durante as oficinas de musicalização onde atuamos juntos. Sim, a culpa é toda dele!!! :)

Até lá!


A situação precária do Instituto de Artes da Unicamp em 2018

Oi! Eu estou no Instituto de Artes desde 2012, passei pela greve de 2013 e 2016 e agora estamos em um novo processo de mobilização (enquanto o DCE finge que nada está acontecendo após vazar da assembleia geral por não quererem votar uma pauta), que já resultou em duas paralisações no IA, uma na última quinta-feira, quando outros institutos também paralisaram, e outra na segunda (também conhecida como hoje).


Obrigada, Geovana, por mandar as fotos dos cartazes!

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