E as lives da quarentena?

Olá, olá, quarenteners! Como vocês estão? Maratonando séries? Lendo a pilha de livros comprados na última promoção? Fazendo correntes no facebook? Acompanhando lives de artistas?

O Marcelo, um dos meus bixos preferidos e meu parceiro para escrever sobre (preconceito com) sertanejo dentro da academia (a intelectual, não a de ginástica), escreveu um texto muito bom (orgulho): lives de quarentena, contradições e indústria do entretenimento. Este post é uma indicação de leitura com um comentário pequenininho.


Imagem retirada daqui

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Pandemia e pandemônio

Gente, que loucura que está o mundo. Acho que ninguém nunca imaginou que ia passar por uma pandemia, né? Olhando pelo lado positivo, com atividades presenciais canceladas estou tendo tempo para fazer algumas coisas que não conseguia: passar mais tempo com o Mateus, arrumar a casa, cozinhar mais, tocar piano, estudar francês, fazer tarefas pendentes há meses… Pelo lado negativo, obviamente tem os impactos na saúde mental, toda a treta com o EAD na Unicamp e não poder mais ver as pessoas.

Mês passado teve uma onda de compromissos cancelados e na sequência todos os compromissos se transformaram em reuniões online e eu não aguento mais isso. Entre os compromissos cancelados/adiados, três congressos onde eu apresentaria artigo. A FLADEM, em Foz do Iguaçu, o EEMU aqui na Unicamp e a ISME na Finlândia. É, eu não vou mais pra Finlândia. Olhando pelo lado positivo, não preciso mais me preocupar com conseguir dinheiro pra isso.

Estou tentando voltar a escrever, aí vamos ver se agora o blog finalmente retorna? Pelo menos pra ajudar a manter a sanidade também. Ontem pela primeira vez na quarentena consegui voltar a mexer na minha dissertação. Estou confiante de que vai dar certo. (mas hoje é um dia bom, amanhã não sei)

Enfim. Espero que estejam todas e todos bem e em casa na medida do possível! #ficaemcasa


Sobre bloqueio de escrita

Oi! Não sei se alguém notou, mas este bloguinho ficou abandonado pelo maior tempo desde sua criação, 10 anos atrás. (Sim, ele completou uma década de existência!!!! Mas isso é assunto para outro post.) É normal ter uns “hiatos” sem muitas publicações, por falta de tempo e tal, porém desta vez foi uma crise existencial.

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UPP – A redução da favela a três letras: a dissertação de Marielle Franco

14/03/2019. Completou na última quinta-feira um ano do assassinato de Marielle. Neste ano muita coisa aconteceu; muitos motivos para a falta de esperança, mas ao mesmo tempo pequenas sementes de esperança foram brotando.

Nesse dia aconteceu na Unicamp uma roda de conversa para nomeação do auditório II do IFCH como auditório Marielle Franco e o lançamento do livro UPP: A Redução da Favela a Três Letras – Uma Análise da Política de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, uma publicação da dissertação de mestrado de Marielle. Essa atividade teve a presença de Erika Hilton (Co-Deputada Estadual pela Bancada Ativista-PSOL), Mariana Conti (Vereadora do PSOL na cidade de Campinas), Cristiane Anizeti (Ativista do Movimento Negro de Campinas) e Yara Adario Frateschi (Departamento de Filosofia do IFCH).

A profa. Yara contou um pouco sobre a história de Marielle e falou sobre o livro. Marielle se graduou na PUC, onde conheceu e conviveu com pessoas que romantizavam ou estereotipavam a favela. Foi então que percebeu a importância de ser sujeito e não objeto de pesquisa. Na academia as pessoas teorizam sobre a periferia sem ter essa vivência – e é por isso que é tão importante o acesso à universidade, para que essas pessoas possam levar suas vivências para a academia, aumentando a pluralidade. Ela também disse editores deixaram de fora do livro o primeiro capítulo da dissertação (“Do liberalismo ao atual estado penal: reflexões teóricas”), que ela recomenda muito a leitura.

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Construindo a resistência – com André Singer, Vladimir Safatle e Marilena Chauí

Oiê. Vocês conhecem a editora Boitempo? Ela tem vários livros ótimos, acabei de descobrir que tem desconto para professoras/es (!!!) e, infelizmente, sofreu ameaças por parte de um eleitor daquele candidato.

Mas falando de coisas boas, além do desconto, outra coisa que eu não sabia é que ela tem um canal no Youtube, em que disponibiliza palestras. Por exemplo, tem uma gravação da palestra/debate que aconteceu na última semana na FFLCH (USP) com André Singer, Vladimir Safatle e Marilena Chauí. É um bom vídeo para assistir neste pós-eleições.

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Consultas públicas no Senado

Oi, gente! A eleição já passou mas o exercício da cidadania é diário, não quadrienal. Então juntei aqui algumas votações online no Senado que estão circulando pela internet. Algumas somem por um tempo e depois voltam, outras são recentes; nada garante que o senado respeitará a decisão da maioria, mas é sempre bom participar.

Seguem os links então:

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Patriotismo não é usar as cores da bandeira


Não sei a autoria.

Patriotismo não é usar as cores da bandeira. Não é possível amar a pátria sem amar as pessoas que nela habitam. A pátria não é um símbolo, é o conjunto de tudo que há nela. Nossas terras, nossa cultura e, principalmente, nossas pessoas.

Você não pode se dizer patriota e querer que certos grupos de pessoas sejam expulsos, agredidos, mortos. Amar a pátria é pensar no bem de seu povo. Não faz sentido dizer que ama a pátria e querer votar em um candidato que incita a violência, que diz que vai prender ou mandar embora do país. Você deveria votar em alguém que acredita que vai ser melhor, não votar em alguém que acredita que vai ser pior para algumas pessoas. O voto não deveria ser motivado pelo ódio.


Monero Rapê. Essa charge doeu no coração.

Também não dá pra dizer que é “de bem” e apoiar torturador. Pessoas de bem não fazem isso. Também é incoerente dizer que é a favor da familia e ignorar que existem vários tipos diferentes de família, não um só modelo. Ou defender o porte de armas, para aumentar os riscos que nossas crianças correm nas escolas, na rua e dentro da própria casa, com os acidentes domésticos.

Amar a pátria é incluir, não excluir. Não podemos deixar que esses falsos patriotas nos deixem com aversão ou medo de nossas cores. Não podemos deixar que vença a narrativa de que eles e somente eles é que se importam com o país. O verde e amarelo é de todos nós, não de um ou outro candidato, não de um ou outro movimento político. Nós lutamos pela pátria. Para não entregar nosso país ao ódio. Vamos lembrar daquele slogan – Brasil: um país de todos.


Colorido é que é bonito.