Apresentação de trabalho: Os desafios da educação musical remota em uma escola rural

Olá! No comecinho do mês rolou o XIV Encontro de Educação Musical da Unicamp, em sua segunda edição online. Depois vou fazer um post sobre o evento em si, mas o que achei mais interessante é que o EEMU teve um formato de apresentação das comunicações orais através de vídeos previamente gravados. Foge um pouco do esquema de google meet que ninguém aguenta mais e permite que você assista às apresentações no horário mais conveniente.

Vou compartilhar aqui o vídeo da minha apresentação então. O título dela é: Os desafios da educação musical remota em uma escola rural: relato de experiência. Quando forem publicados os anais eu posto aqui o texto completo. O único problema do vídeo é que a parte que eu gravei com a câmera do celular ficou mais baixa que a parte gravada com o notebook, então tem uma oscilação quando aparece minha cara.

Espero que vocês gostem!


A arte educação resiste: como construir uma educação libertadora diante das perseguições da onda conservadora

Continuando a postar minhas publicações aqui no blog, esta é uma comunicação que escrevi com um amigo, Leonardo Caron, para o IX Fala Outra Escola, evento da Faculdade de Educação da Unicamp, em 2019.

A arte educação resiste: como construir uma educação libertadora diante das perseguições da onda conservadora

Resumo: Este trabalho analisa a ascensão do conservadorismo na educação, que se manifesta principalmente através do projeto Escola sem Partido e na perseguição de professoras/es, usando como justificativa uma posição contrária a uma doutrinação ideológica baseada em “ideologia de gênero” e “marxismo cultural”, atacando também o patrono da educação, Paulo Freire. A seguir, apontamos como a arte-educação pode se posicionar como um instrumento de resistência, pois a Arte, dentre as áreas de conhecimento, possui um grande potencial para questionar a realidade e permitir a livre expressão das/os estudantes. Por isso a Arte também vem sofrendo perseguições, ou melhor dizendo, alguns tipos de Arte; existe uma estética artística que é considerada legítima, que tende a ser uma estética eurocêntrica apreciada pelas classes dominantes. O fazer artístico que foge desses padrões, notadamente aquele que é transgressor e gera incômodo em pessoas conservadoras, é alvo de ataques e deslegitimado. Podemos citar como exemplo o cancelamento da exposição Queer Museum após manifestações de grupos como o Movimento Brasil Livre. Dentro de uma escola libertadora, a arte-educação deve ser usada para trazer questionamentos e possibilitar a busca por respostas, de forma inclusiva. Isso implica em acolher a diversidade, oferecendo um ambiente plural para discussões, além do que acontece junto à família. Para que isso seja possível, professoras/es precisam ter liberdade para abordar conteúdos transversais sem sofrer perseguições. Após passar por alguns exemplos do cotidiano, finalizamos com reflexões sobre a importância de reconhecer o ensino da arte-educação e do fazer artístico como forma não só de resistência ao conservadorismo, mas de mudança da realidade a partir da valorização da diversidade e da possibilidade de se expressar em um momento em que tanto querem nos calar.

Palavras-chave: ​ Arte-educação; Escola sem Partido; educação libertadora.

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Para citar:

CARON, Leonardo Cecílio; KAWAGUCHI CESAR, Patricia. A arte-educação resiste: como construir uma educação libertadora diante das perseguições da onda conservadora. In: IX FALA Outra ESCOLA, 2019, Campinas. Anais… Campinas: Unicamp, 2019.


A pressão para o retorno às aulas presenciais

Desde ano passado existe um grande movimento que pede o retorno das aulas presenciais na educação básica. Mas não existe meios de fazer esse retorno com a pandemia descontrolada. A culpa não é de professoras e professores, é do governo (principalmente o federal) que não fez esforços para diminuir os números de contágio e de mortes, muito pelo contrário. Vou colocar aqui alguns dos argumentos a favor das aulas presenciais.

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A música na educação básica: caminhos tortuosos, reflexões e resistências (existências)

Oie! Começando o projeto de colocar todas as minhas publicações aqui no blog, vou começar pelas mais recentes. Este é um artigo que escrevi para o II Jornada Fladem e Fórum Latino-americano de Música na Educação Básica do FLADEM Brasil. Para a minha maior surpresa, gostaram tanto do meu artigo que me chamaram para apresentá-lo no formato de mesa! Foi uma viagem muito emocionante (o evento foi em João Pessoa) e fiquei muito feliz.

A música na educação básica: caminhos tortuosos, reflexões e resistências (existências)

Resumo: Este artigo buscou fazer a partir de pesquisa bibliográfica um levantamento histórico do ensino de música no Brasil, desde o período de colonização, passando pela criação do primeiro conservatório, chegando até o ensino nas escolas, específico ou polivalente. Depois da apresentação histórica, faz reflexões sobre o panorama político-educacional atual e a importância de persistir e resistir na arte-educação dentro de uma concepção de educação
libertadora.
Palavras-chave: educação básica; história do ensino de música; políticas educacionais.

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Para citar:

KAWAGUCHI CESAR, Patricia. A música na educação básica: caminhos tortuosos, reflexões e resistências (existências). In: II Jornada Fladem Brasil, 2019, João Pessoa. Anais… João Pessoa, IFPB, 2019.