Livros lidos em 2022

2023 praticamente acabando, mas ainda não acabou. Então tá valendo postar a lista de livros lidos no ano passado! Não queria deixar passar. A foto tá de centavos porque eu tinha acabado de arrumar os livros em um dia de calor extremo. Os livros que não aparecem na foto são livros emprestados que já não estavam mais comigo.

Este ano foi uma loucura e eu fui atropelada por ele, mas ano que vem espero conseguir me organizar um pouco melhor. (então a lista deste ano deve sair logo mais rs)

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Sobre 2022

2022 foi um baita ano com muitas emoções. No dia 20 fez um ano que me filiei à Unidade Popular pelo Socialismo, poucos dias antes do Natal, depois da decepção de não ter passado no doutorado em Música. Foi triste perceber que não havia mais lugar pra mim no Instituto de Música e eu senti como se perdesse uma parte de mim mesma, então pensei em quem eu queria ser e o que queria fazer.


Desde então eu comecei a construir também o Movimento de Mulheres Olga Benario e o Movimento Luta de Classes, conversei com pessoas na rua, divulguei o Jornal A Verdade, fiz coisas que nem imaginava que eu saberia fazer. Fui convocada para ser professora na rede municipal de Jaguariúna, prestei o concurso em Campinas e já fui convocada, passei no doutorado na Faculdade de Educação. A prova escrita caiu na última semana de campanha do primeiro turno, que eu construí com um orgulho imenso, e eu li a bibliografia entre uma panfletagem e outra porque não fazia sentido pra mim parar pra estudar. A entrevista caiu alguns dias depois de eu ter ido apoiar a greve das trabalhadoras em Limeira. Era assim que eu queria e deu certo (entre um surto e outro).

As pessoas se espantam por eu estar na UP faz um ano e a verdade é que eu também sinto como se estivesse há muito mais tempo porque me encontrei demais aqui. Hoje tenho certeza de que estou mesmo onde deveria estar e agradeço muito todes que estão comigo. Amo vocês. ❤️


Candidatura ao Conselho de Política Cultural de Campinas

Dentro dos próximos dias acontecerão as eleições para o Conselho de Política Cultural de Campinas. Eu, junto com o companheiro Octavio, estou me candidatando para a Câmara Setorial das Artes. As companheiras Marta e Cylmara estão se candidatando para a Câmara Territorial Centro Sudeste. Seguem os nossos textos de divulgação.

Olá! Eu sou a Patty, Patricia Kawaguchi, e sou candidata na Câmara Setorial das Artes do Conselho de Políticas Culturais de Campinas, tendo como suplente o Octavio Junior Shin. Sou formada e mestra em Música pela Unicamp, fui representante discente no Conselho Universitário, atuo como arte-educadora e faço a curadoria do Cine Olga, um dos cineclubes do MIS Campinas. Octavio trabalhou em um estúdio musical, é vocalista da banda Metropole 842 e atua na área literária como tradutor e editor.

Defendemos que a cultura seja popular e acessível para todes, com a defesa e valorização dos espaços de cultura e de profissionais de todas as áreas relacionadas a arte e cultura. Lutaremos para construir um conselho mais participativo, divulgando os debates e escutando o que a população tem a dizer.

A votação acontecerá nos dias 07, 08 e 09/11 através de um link enviado por e-mail para quem se inscreveu previamente para votar. Contamos com o seu voto!

 

Olá, temos um convite importante!

O Conselho Municipal de Política Cultural de Campinas tem eleição neste mês de novembro. Se você se inscreveu para votar, apresentamos nossa candidatura para a Câmara Territorial Centro Sudeste.

Eu, Marta Fontenele, sou jornalista e pesquisadora, roteirista, e profissional de multimídia. Mestre em Gerontologia (FCM-Unicamp). Atuei como conselheira no Conselho Municipal do Idoso em Campinas, e contribui como curadora em projetos de valorização da memória coletiva da cidade e em iniciativas autorais no campo da literatura e do ausiovisual. Como suplente, a Cylmara Padovan, que é profissional com experiência em Eventos culturais de promoção da cidadania.

Como conselheiras da Cultura pretendemos contribuir para ampliação da participação social, a valorização de artistas locais e a promoção de iniciativas públicas de envolvimento e fortalecimento da comunidade, sobretudo dos movimentos culturais populares, os guardiões e faróis para a vida cultural de Campinas.


Livros lidos em 2021

E vamos à já tradicional lista com todos os livros lidos no ano! Dessa vez eu inovei e tirei uma foto com (quase) todos eles, aproveitando que agora eu tenho câmera de selfie novamente (virei testemunha de xiaomi, obrigada a todes envolvides no processo). Não aparecem na foto alguns livros emprestados.

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Imperialismo sonoro

O imperialismo é (muito resumidamente) uma política de dominação das nações mais poderosas econômica e/ou belicamente, buscando uma hegemonia global. Vou falar um pouco aqui sobre o conceito de imperialismo sonoro de Murray Schafer, compositor e educador musical canadense que faleceu recentemente, no dia 14 de agosto de 2021. Ele é conhecido principalmente pelo conceito de paisagem sonora e pelas propostas de limpeza de ouvidos.

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Artigo: Por uma abordagem anticolonialista da educação musical

Em setembro foi publicado pela Editora CLAEC (Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura) o livro “Manifestações culturais e arte-educação na América Latina”, que tem o meu artigo “Por uma abordagem anticolonialista da educação musical: sobre a violência da catequização e a necessidade de valorizar a cultura indígena”!

Defender uma abordagem anticolonialista é denunciar a violência que aconteceu durante os processos de colonização no mundo inteiro. Aimé Césaire, em “Discursos sobre o colonialismo”, afirma que “a Europa tem contas a prestar perante a comunidade humana pela maior pilha de cadáveres da história” (1978, p. 28). As consequências se perpetuam até hoje: basta ver as mortes de indígenas durante a pandemia, assassinatos por causa da grilagem, a luta por território… Na educação, trata-se de não romantizar a invasão do Brasil nem perpetuar estereótipos sobre indígenas (a atividade de fazer um cocar…). A dominação cultural do eurocentrismo também é uma forma de violência simbólica.

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