Oi! Agosto é o mês do folclore. Na verdade o dia do folclore é 22 de agosto, mas os professores comemoram o mês inteiro, né? Então vamos ouvir uma música sobre uma criatura do nosso folclore, o boto? Ele é um bicho bem safadinho, aparece em alguma festa, conquista e leva as donzelas embora, larga na beira do rio e vai-se embora seduzir novas vítimas.
não achei a autoria da imagem :(
Esta peça do Wilson Fonseca é linda. Foi uma das peças que o pessoal cantou nas aulas de Técnica Vocal II. (a minha só me deu desgosto, ugh) Vou tentar convencer a Clara a cantar comigo, até peguei a partitura com a Fer pra tocar no piano ♡
Vale a pena analisar a letra:
Quando o boto virou gente pra dançar num puxirum, trouxe o ‘olho’, trouxe a ‘flecha’, trouxe até muiraquitã. E dançou a noite inteira com a bela Cunhatã!
Um grande mistério na roça se faz: fugiu Cunhatã com o belo rapaz!… E o Boto ligeiro nas ondas sumiu, deixando a cabocla na beira do rio!
Se alguém lhe pergunta: ‘Quem foi teu ‘amô’? Cabocla responde: ‘Foi Boto, sinhô!’
Puxirum: Aparentemente é um mutirão pra resolver alguma coisa. Foi a definição que achei, então vai ver as pessoas resolveram o problema e dançaram depois?
Muiraquitã: É um amuleto que representa pessoas ou animais.
Cunhatã: Meio óbvio, mas significa menina, moça.
Vamos ouvir mais uma peça sobre o boto?! É a “Foi boto, sinhá” do Waldemar Henrique! Essa tem uma pegada mais “dark”. Achei dois exemplos legais!
Tajá-panema chorou no terreiro e a virgem morena fugiu no costeiro
Foi boto, sinhá, foi boto, sinhô! Que veio tentá e a moça levou.
No tar dançará aquele doutô foi boto, sinhá, foi boto, sinhô!
Tajá-panema se pôs a chorar. Quem tem filha moça é bom vigiá!
O boto não dorme no fundo do rio, seu Dom é enorme
Quem quer que o viu, que diga, que informe se lhe resistiu
O boto não dorme no fundo do rio…
Até a próxima e cuidado com o boto!