Élisabeth-Claude Jacquet de la Guerre

Nessa última semana, meu grupo apresentou um seminário de História da Música sobre a escola francesa no barroco. Eu falei sobre Lully e sobre Élisabeth. Vou postar aqui o resultado das minhas pesquisas sobre ela. Não deu pra encontrar muita coisa. As informações sobre mulheres musicistas são poucas, infelizmente. Mas descobri um site, em inglês, que junta informações sobre mulheres compositoras! Vale a pena olhar.

Élisabeth-Claude Jacquet de la Guerre (1665-1729)

Compositora e cravista com grande talento para improvisação. Nasceu em uma família de músicos; seu pai era um organista e mestre fabricante de cravos. Foi uma criança prodígio e iniciou sua carreira de virtusiosismo aos 5 anos, tocando para o rei Luís XIV. Aos doze anos, cantava as peças mais difíceis à primeira vista. Acompanhava a si mesma e a outros cantores no cravo, o qual tocava de maneira inimitável. Compunha peças e as tocava em qualquer tonalidade. O rei sempre encorajou sua carreira; deu audiência a suas performances e todas as suas peças, exceto uma, foram dedicadas a ele.

Casou-se com o organista Marin de la Guerre e teve um único filho, que morreu jovem.

Foi uma das poucas compositoras mulheres do seu tempo. Sua ópera Céphale et Procris foi a primeira ópera composta por uma mulher na França. Ela também foi uma das primeiras a usar os gêneros da sonata e da cantata.

De sua obra, conservaram-se um balé, uma ópera, três coletâneas de cantatas, sonatas solo e sonatas-trio com violino e viola da gamba, e dois grupos de peças para cravo. Recentemente houve um novo interesse por suas composições e algumas foram gravadas.

A ópera Céphale et Procris teve grande influência de Lully. Não foi um sucesso e foi encenada apenas cinco ou seis vezes. Algumas causas prováveis são o libretto com qualidade literária baixa, plot confuso e o cenário cultural desfavorável para óperas na época. Os parisienses se deixavam guiar pelo gosto do rei Luis XIV, e ele tinha perdido o interesse por óperas por causa de sua esposa religiosa. A Igreja Católica afirmava que óperas eram uma forma de entretenimento “sensual”.

Élisabeth aposentou-se aos 52 anos, mas ainda compôs um Te Deum depois disso. Viveu o resto de sua vida em considerável conforto.

Vídeos


http://youtu.be/dJKcAMzeAjs


http://youtu.be/xbW5EpqOVso


http://youtu.be/F5kQeQd5CxU


http://youtu.be/GGrjUKrBOv0


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