Ópera: La Bohème

Olá! Ontem fui ao Cinemark assistir à exibição da ópera La Bohème, de Giacomo Puccini. Quem viu o post sobre O Quebra Nozes deve se lembrar do problema que o cinema teve e que fez com que alguns lugares fossem vendidos duas vezes – incluindo os meus – e causando uma confusão. Fiz uma reclamação e o gerente Murilo foi muito gentil e me ofereceu dois ingressos para ver La Bohème. Desta vez correu tudo bem! :)

Os extras no cinema

Não custa repetir que, embora deva ser mais empolgante ver uma ópera ao vivo, ver as exibições no cinema também têm vantagens, como as legendas, as explicações sobre cada ato (que são mais necessários nos balés do que nas óperas) e os vídeos extras com detalhes dos bastidores.

Desta vez, a Royal Opera House nos presentou com três vídeos exibidos nos intervalos. O primeiro mostrava os intérpretes dos personagens principais conversando entre si, e dava uma ideia do clima de descontração que reinava nos ensaios, exatamente o clima que a ópera deseja transmitir. O segundo mostrava um pouco dos bastidores, como fazem para arrumar a iluminação e preparar o cenário do café nos mínimos detalhes, no intervalo tão pequeno.

Além disso, cada ato também tinha uma breve explicação. E antes de começar, ficamos sabendo um pouco sobre a história desta ópera, que tenta retratar personagens comuns em situações do cotidiano. Na época, os críticos acharam que Puccini “tinha perdido o rumo”. Mas a reação do público provou que sua ideia foi acertada, e La Bohème foi um sucesso. Ela já foi encenada quase 500 vezes, se não me falha a memória.

Essa foi a primeira ópera que o Blue viu (de muitas, se depender de mim =p) e ele se divertiu bastante! Disse que gostou do jeitão divertido e sem muito drama, e que se tivesse começado com outra ópera talvez não tivesse gostado. Ainda acho que isso é um pouquinho de preconceito, mas vou dar um jeito nisso. Enfim, o ponto é que essas óperas no cinema são muito legais para atrair público novo!

A história

Logo no princípio conhecemos o pintor Marcello e o poeta Rodolfo, dois artistas pobres que moram juntos com o músico Schaunard e o filósofo Colline. O frio era severo, e para aquecê-los, Rodolfo queima seus manuscritos. Logo os outros companheiros chegam; o músico traz comida e diz que devem comer fora, pois é véspera de Natal. Isso depois de aprontarem uma para ludibriar o proprietário da casa, que viera receber o dinheiro do aluguel.

Rodolfo fica para trás para terminar um artigo, quando uma vizinha, Mimi, bate à porta pedindo que ele acenda a chama de sua vela, que o vento apagou. O poeta se encanta por ela, e tenta convence-la a ficar. Conversa vai, conversa vem, eles se apaixonam e vão se juntar aos amigos no Café Momus.

No café, Marcello se incomoda com o amor dos dois pombinhos, pois isso o faz lembrar de sua infiel Musetta, que o trocou por um admirador cheio de dinheiro. E eis que Musetta aparece no café, com uma entrada triunfal. O pintor, porém, está decidido a ignora-la, o que a deixa revoltada. Ela, então, começa a fazer de tudo para chamar sua atenção, terminando por despachar o velho e se reconciliando com Marcello.

Passa-se um tempo. Mimi, doente, procura por Marcello na taberna em que ele estava empregado e pede-lhe ajuda. Rodolfo tem ciúmes exagerados e ela se preocupa que esteja tudo acabado entre eles. Mimi vai embora – na verdade, fica escondia – e Rodolfo aparece. Ele desabafa com seu amigo e conta que está tomado por angústia, pois sua amada está doente e ele não tem dinheiro para os remédios. Portanto, seria melhor que ela partisse. Mimi ouve tudo e acaba por tossir, revelando sua presença. Junto com Rodolfo, eles cantam um dueto sobre seu amor, e decidem se separar na primavera. Enquanto isso, Marcello briga com Musetta porque ela estava flertando com clientes.

O último ato conclui a peça descontraída e divertida de forma trágica. Meses depois, os quatro amigos artistas estão se divertindo, embora o pintor e o poeta ainda lamentem a perda de suas mulheres. Mas então Musetta entra com Mimi, que, à beira da morte, abandonou o visconde com quem estava porque queria ficar junto de seu verdadeiro amor. Todos ficam comovidos e tentam fazer o possível para deixar a enferma mais confortável, e saem de casa para deixar o casal a sós. Eles relebram como se conheceram e falam sobre seu amor. Os amigos voltam e Mimi morre.

Royal Opera House

Gostei muito dos cantores! Eles estavam realmente bem entrosados. Não consegui encontrar os nomes dos atores no site, só tem lá a notícia de que o tenor Dmytro Popov substituiu Rolando Villazón no papel de Rodolfo. Isso foi explicado na introdução, já que alguns vídeos tinham sido gravados com Villazón, e o motivo é que ele teve uma crise de bronquite. Foi uma pena, mas Popov teve uma brilhante atuação, e seus duetos com Mimi foram tocantes.


http://youtu.be/msaLn0Z5GxE

Próxima

Seguindo a programação, a próxima ópera a ser apresentada é Carmen, nos dias 26 e 28 de fevereiro e 02 e 03 de março! Eba, adoro Carmen! Foi a primeira ópera que vi no cinema, no formato de filme 3D, e estou ansiosa pra ver como vai ser desta vez! Até a próxima!


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